
Na minha vida, por mais que eu tente controlar, as relações virtuais estão cada vez mais fortes, sejam com pessoas que eu conheça pessoalmente mas não tenho tempo para encontrá-las como as novas relações estritamente virtuais.
Não acho ruim ter relações virtuais. E duvido quem não as tenha. Você que nunca acessa a internet também tem! É isso mesmo, você liga para centrais de atendimentos, tele entrega de comida e outros produtos, fornecedores de produtos para sua empresa e as vezes até colegas de trabalho (e até mesmo chefe!) que pela distância só conhecemos por telefone.
Os defensores das relações reais vão dizer que "telefone não é virtual", mas é sim! O telefone não é mais impessoal do que uma conversa via internet com a câmera ligada? Então, você também tem relações estritamente virtuais.
O problema não são as relações virtuais em si, mas como lidamos com elas. As vezes achamos que por estarmos atrás da telinha e com as mãos no teclado, no santuário e nossas casas, estamos protegidos e "anônimos" ou "semi anônimos" - ai vai a verdade: não estamos anônimos não, aliás, estamos mais expostos do que num cafezinho com umas 4 amigas. O que você "tecla" numa rede social pode ter repercussão nos lugares mais distantes (e mais próximos) que você nem imagina.
Outro dia fui comentar no twitter que "Justin Bieber = mau gosto". Claro que mexi num "vespeiro", mas recebi inúmeras respostas mal educadas, mal intencionadas e outras (pasmem!) querendo apenas entender por que eu não gostava do seu ídolo. Resultado - acabei arrumando mais um monte de relações virtuais com as quais não compartilho o amor pelo Bieber mas compartilho muitas outras coisas.
Claro que as relações virtuais devem ter limites, não devemos nos expor, dar detalhes de nossas vidas, falar sobre onde ou o que vamos fazer o tempo todo, ..., manter uma distância segura do "eu pessoal" para o "eu virtual". Não significa mentir que você é uma outra pessoa, mas resguardar sua privacidade.

Tenho uma amiga (virtual com amigos reais em comum) que conheceu virtualmente uma garota do RJ, conheceu virtualmente alguns de seus amigos, estreitou as relações, certificou-se da existência das pessoas, investigou se as informações eram reais (onde trabalha, onde estudou, onde mora, que lugares frequenta, ...) e decidiu passar uns dias no RJ com eles - resultado: Conheceu o Rio como só os cariocas conseguem conhecer, andou por lugares que não são apenas turísticos, mas "da moda" para a turma do "caraca" e ADOROU.

Nem tudo são flores, mas elas existem.
Como saber se ainda é saudável o equilíbrio entre "virtuais x reais"? Quando você continua sendo convidada para diversas coisas por seus amigos reais, quando você ainda tem agenda social e profissional com gente de "carne e osso" e não apenas com as letrinhas e imagens que surgem na telinha do computador. Cuidado se amigos reais te encontram e você tem que ficar pensando "quem é ele"? E apesar de você não lembrar, ele sabe tudo o que você postou nos últimos dias. Isso também é sinal de que sua vida tem ficado mais virtual do que real.
Viva os amigos virtuais, mas a cerveja mesmo, é com os amigos reais - claro que os virtuais podem aparecer que serão bem vindos.
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